domingo, 22 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

O golpe das teles e da Band na Confecom-SP

Representantes das companhias Telefônica, TIM e Oi, filiados à Telebrasil, em conjunto com o grupo Bandeirantes, que tem representado a Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA) na Confecom estão impedindo que o setor das pequenas empresas de comunicação de São Paulo participe democraticamente da Conferência Nacional da Comunicação.

Este grupo havia formalizado um acordo com representantes da Associação dos Jornais do Interior de São Paulo (Adjori-SP), Agência Carta Maior e revistas Fórum, Caros Amigos e Retratos do Brasil onde se acertou que as eleições de delegados no estado se daria por segmentos e respeitaria a proporcionalidade das posições presentes.

O acordo foi encaminhado para a Comissão de Transporte e Comunicação da Assembléia Legislativa pelo próprio representante da Telebrasil na comissão e foi publicado no Diário Oficial de hoje.

No entanto, quando perceberam que o movimento das pequenas empresas de comunicação de São Paulo havia inscrito aproximadamente 40% dos delegados, os empresários da Telefônica, Oi e TIM, em conjunto com o grupo Bandeirantes, decidiram que não respeitariam o acordo e passaram a ameaçar impo sua suposta maioria de delegados para derrubá-lo na primeira votação do segmento na etapa paulista. Como solução propuseram “ceder” apenas 10 das 84 vagas reservadas para São Paulo aos pequenos empresários.

O golpe contra a democratização das comunicações tem data e hora para acontecer. Começa na sexta-feira às 17h na Quadra dos Bancários de São Paulo (rua Tabatinguera, 192, Centro de São Paulo). Continua no sábado e domingo na Assembléia Legislativa de São Paulo.

O movimento das pequenas empresas de comunicação solicita a todos os blogueiros, tuiteiros e militantes de todos os segmentos da luta progressista que não aceitam mais que os grandes conglomerados midiáticos, a partir de métodos antidemocráticos, continue a impor suas posições sem negociar de forma correta e limpa a divulgar essa ação e a protestar.

Também solicita que esses midialivristas compareçam a Quadra dos Bancários para filmar, tuitar, fotografar e postar notas denunciando essa ação antidemocrática.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Caso não visualize esse email adequadamente acesse este link



Boletim Eletrônico Nº 02/2009

Brasília-DF, 10 de novembro de 2009

Ações e atitudes que podem fazer a diferença para o fim da violência contra as mulheres.

Acabar com a violência contra as mulheres é um dever de todas/os, não basta apenas esperar que algo seja feito, é necessário agir. Organize um evento de sensibilização e mobilização em seu estado ou município no período da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres que, no Brasil, acontece entre os dias 20 de novembro e 10 de dezembro.

O Slogan da Campanha 2009 - “Uma vida sem violência é um direito das mulheres. Comprometa-se. Tome uma atitude. Exija seus direitos” convoca a sociedade a repensar suas ações e assumir uma postura radical de enfrentamento à problemática.


COMPROMETA-SE: todas e todos somos responsáveis
Toda as pessoas e Instituições têm responsabilidade para eliminar a violência contra as mulheres. Trabalhando juntos – mulheres, meninas, homens, meninos, e pessoas de todas as gerações, ofícios, orientações sexuais, posições políticas e estratos socioeconômicos – podemos acabar com a violência contra as mulheres. Existem diversas maneiras de se comprometer com essa causa, seja de forma coletiva ou individual. Apóie a Campanha 16 Dias de Ativismo e estimule a participação de outras pessoas. EU APOIO


TOME UMA ATITUDE: podemos fazer a diferença
Há diversas datas e documentos importantes que refletem o resultado de ações e atitudes de milhares de ativistas e defensoras dos direitos das mulheres no Brasil e no mundo afora. A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres convoca as pessoas, organizações e governos a se comprometer e tomar uma atitude para acabar com a violência contra as mulheres. Cada compromisso assumido – uma promessa pessoal, uma lei local ou nacional, uma convenção ou resolução internacional, como a Plataforma de Ação de Beijing – deve ser considerado como uma promessa às mulheres. JÁ É O MOMENTO de tornar realidade essas promessas.


EXIJA SEUS DIREITOS: violência não
Uma vida sem violência é um direito das mulheres assegurado na Constituição Federal (artigo 226, § 8º) e em outros tratados internacionais ratificados pelo Brasil. A Lei Maria da Penha, Lei 11.340/2006, é o principal instrumento para o enfrentamento da violência contra as mulheres no âmbito doméstico e familiar. Também na esfera nacional, o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (2008) e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento da Violência contra as Mulheres (2007) reforçam a prioridade de ações articuladas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Exija seus direitos, não se cale perante a violência, cobre do poder público e faça valer esses compromissos.


Faça sua parte
No Blog www.agende.org.br/16dias da Campanha 16 Dias de Ativismo são disponibilizadas informações e sugestões de ações de mobilização para o fim da violência contra as mulheres, bem como os materiais da Campanha deste ano e dos anos anteriores.

Não deixe de encaminhar para nós (campanha16dias@agende.org.br ) os eventos que serão realizados em seu estado ou município. Todos os eventos e ações serão visualizados no Calendário de Eventos do Blog. Para o envio da mensagem é necessário informar:


Nome do evento/ Data / Horário e Local/ Cidade e Estado/ Promoção e Organização






www.agende.org.br/16dias - 16diascomunica@agende.org.br


Parcerias
Expediente



Agende Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento - AGENDE
Telefone: (0xx61) - 3273 - 3551 / Fax: (0xx61) - 3273 - 5801
E-mail: agende@agende.org.br

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Geisy merece respeito!

A Uniban não pode ser um tribunal da Inquisição!

Uma cena digna de um filme de horror aconteceu na Uniban de São Bernardo do Campo. A aluna Geisy Arruda, de 20 anos, foi hostilizada e perseguida por cerca de 700 alunos nesta mesma universidade por usar um vestido considerado curto por uma turba que se achou no direito de xingar, tocar, fotografar e filmar a em nome da “moral e dos bons costumes. A história acabou com a jovem estudante trancada na sala de sua turma, com a multidão pressionando, por porta e janelas, pedindo explicitamente que ela fosse entregue para ser estuprada. Alguns colegas, funcionários e professores conseguiram proteger a moça até a chegada da PM, que a tirou da escola sob escolta.

Os 700 alunos da Uniban expressaram publicamente sua concepção machista de que as mulheres não têm desejo próprio nem podem se destacar na multidão. Por isso se propunham a puni-la com o estupro para colocá-la “em seu lugar” e lembrar que sexo, para as mulheres, como diziam os pensadores medievais, deve ser um sofrimento imposto e nunca uma iniciativa ou um prazer. O horrível espetáculo lembrava a queima de bruxas e a inquisição na idade Média.

O mais chocante, no entanto, foi a atitude da Uniban, que se diz uma Universidade, um centro de educação: expulsou a vítima considerando- a culpada por ter “provocado” os colegas, o que, segundo ela, resultou “numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. Mais uma vez, como no tempo dos assassinatos em “legítima defesa da honra”, a vítima é transformada em culpada, colocada no banco dos réus e exposta à execração pública. Que concepção educacional a Uniban pretende defender?

Que poder é esse que as instituições e os homens têm sobre o corpo das mulheres? Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar. Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos. Isto acontece porque a organização social de gênero no Brasil e no mundo atribui aos homens prerrogativas que lhes permitem ditar normas de conduta para as mulheres, assim como julgar a correção do cumprimento de suas ordens.

A União Brasileira de Mulheres – UBM vem a público protestar contra a expulsão da estudante Geisy Arruda, exige a punição dos culpados e a reintegração da aluna aos quadros da Uniban.


São Paulo, 09 de novembro de 2009

União Brasileira de Mulheres